domingo, 18 de julho de 2010

Ilumina-te

 "Hoje vou optar por falar de algo não menos interessante, algo infrequente. Não te quero tirar nem um fragmento da tua liberdade e unicidade. Vou apenas admirar outro ser e todas as minhas reflexões serão resultado dessa perscrutação, a janela para o teu mundo estava aberta e eu espreitei.

Não entrei, só observei de fora com cuidado, estava escuro, no início afligi-me, não com o que vi, mas com a falta de luz, ainda assim adivinhava-se a ornamentação, havia resquícios de requinte, mas não pude deixar de imaginar aquele lugar com luz, seria uma verdadeira obra-prima, concebida meticulosamente para ser divina, em harmonia plena com Universo tinha sido ali inscrita. Pensei…muito provavelmente foste uma estrela muito brilhante, das mais brilhantes da galáxia, essa estrela, um dia, deu origem a uma supernova que manteve a galáxia iluminada durante anos, mas bruscamente progrediu para um buraco-negro supermassivo, soturno, frio, abismal, que consome as forças de quem se aproxima e lhe suga a alma inocentemente. Aparentemente não há nada que sobreviva a um buraco-negro, ninguém acredita que seja possível pôr fim a um buraco-negro ou pelo menos enfrentar a singularidade gravitacional, aquela gravidade infinita, quem se transforma num, assim será para sempre e arrastará as estrelas à sua volta, é um futuro matematicamente determinado, é o destino.

Não, não pode ser, há gente que conseguiu sair, há rumores disso, eu não acreditava até…ter entrado num buraco negro! Sim, desci mesmo ao abismo ludibriado por uma feiticeira, parecia perfeita, o seu semblante obedecia à razão áurea e tinha uma inteligência sumptuosa, ela arrastou-me com ela para o abismo, é praticamente impossível resistir à força gravítica quase infinita, as minhas forças iam-se perdendo aos poucos. Mas não, nunca perdi a esperança, nunca caí no chão desse poço medonho. Por mais profundo que estava, lutei sempre, sempre achei que no dia em que caísse, jamais me voltaria a levantar, por isso, mantive-me firme, por mais traiçoeiro e escuro que fosse o caminho, pensei na luminosidade que sempre tive, pensei no futuro. Por mais duro que fosse o segundo, ainda havia dois caminhos, esse segundo estaria sempre lá enquanto vivesse, mas seria cada vez mais difícil tomá-lo.

É o dia! Chegou a hora em que um instinto adaptativo gritou, reuni todas as forças que tinha, tive fé em mim, no Universo, tive fé em tudo o que queria ser, queria voltar a ter a minha chama, queria ver a luz, descobri que tinha o Universo na palma da mão e que era tão fácil controlá-lo afinal, basta termos fé em nós próprios, acreditarmos em nós e agirmos prontamente, temos mais poder do que pensamos, podemos controlar o mundo. O mundo que idealizamos pode ser concretizado, basta agirmos com determinação agora! e com todas as nossas forças, num momento singular de decidir se queremos viver em pleno ou morrer para sempre. E é tudo tão verdadeiramente fácil! Com um estalar de dedos, eliminei o efeito da gravidade sobre mim e comecei a voar, a VOAR! Afinal era tudo tão simples…tão incrível, tão mágico, elevei-me no ar cada vez mais alto, não tinha medo de nada, sentia um estado de êxtase, de extrema harmonia com toda a matéria-energia que existe, uma consciência cósmica, um poder divino, foi tudo não fácil. A fé em mim, no futuro que quero e em tudo o que existe, quebrou a minha interacção com uma das forças fundamentais, aliviou-me a tristeza, tirou-me o medo de voar. Abri esse meu caminho que inicialmente não passava de um esboço. Rapidamente, subi ao cimo do precipício, elevei-me tão alto nos céus que senti os raios de luz, de novo a aquecer-me a alma e iluminar-me a mente. Já tinha saudades do nosso Sol.

Hoje, já me sinto seguro para sobrevoar o abismo, a curiosidade leva-me até à sua beira, mas ainda não chegou o momento para saber se o triunfo da luz é perpétuo.

O mundo é deveras maravilhoso, mas há gente que entrou no abismo e se mantém por não ter coragem para sair ou por não saber dar valor às suas forças, outros convivem melhor com a escuridão, ganharam medo da luz, já se esqueceram de como é sentir o calor do Sol, já se esqueceram da beleza harmoniosa multicolor e vivaz que alberga o resto do Universo ou já não sabem contemplar. Mas, o seu dia pode ser hoje mesmo, todo o ser tem potencial para ser feliz. O Universo não é mau, nem bom na sua essência, esses juízos estão dentro de nós, assim como a felicidade só depende de nós. Sê feliz hoje, aprende a contemplar o Universo em que habitas, contribui para um mundo idílico, só precisas de agir já e o retorno virá mais cedo! Lembra-te que tudo o que existe, todo o espaço-tempo evoluiu para esse estado de baixa entropia que és, esse agregado de átomos e moléculas, lembra-te que és uma dádiva das pedras, das estrelas, do ar, da teia cósmica; está na hora de retribuíres ao Universo com a tua felicidade e com o teu brilho, pela obra-prima, única e especial que És."

Victor Alves

Crenças

Quanto mais uma crença se desviar da Verdade mais prejudicial ela será, tanto para o indivíduo como para o grupo social que a sustenta.

Victor Alves

terça-feira, 13 de julho de 2010

Céu «visto» nas microondas, pelo Planck



"A missão Planck mostrou as primeiras imagens de todo o céu. Com estas imagens, recebe-se não só uma nova perspectiva da forma como as estrelas e galáxias se formam, mas também recebemos informação acerca da forma como o próprio Universo ganhou vida depois do Big Bang.
(...)
Desde as partes mais próximas da Via Láctea até às mais recônditas do espaço e do tempo, a nova imagem de todo o céu do Planck é um tesouro extraordinário repleto de novos dados para os astrónomos.

O disco principal da nossa Galáxia está no centro da imagem. Mesmo ao lado estão os jactos de poeira fria acima e abaixo da Via Láctea. Esta rede galáctica é o local onde se formam as novas estrelas, e o Planck tem encontrado muitos locais em que estrelas estão prestes a nascer ou estão a começar o seu ciclo de desenvolvimento.

Menos espectacular mas talvez mais intrigante é a queda no topo e na base. Trata-se da radiação cósmica de fundo (CMBR). É a luz mais antiga do Universo, os resquícios da bola de fogo a partir da qual o nosso Universo se formou, há 13,7 mil milhões de anos.

Enquanto a Via Láctea nos mostra o aspecto actual do Universo, as microondas mostram-nos como é que ele era nos momentos iniciais da sua formação, antes de existirem estrelas ou galáxias. Aqui chegamos ao coração da missão Planck para descodificar o que aconteceu naquele universo primordial a partir do padrão da mancha da radiação de fundo.

A radiação de microondas é a impressão cósmica a partir da qual os enxames e super-enxames de galáxias se formaram. As cores diferentes representam diferenças de minutos na temperatura e densidade da matéria ao longo do céu. De algum modo estas pequenas irregularidades evoluíram para regiões mais densas que se tornaram nas galáxias de hoje.

A radiação cósmica de fundo abrange todo o céu, mas a maior parte desta está escondida pela emissão da Via Láctea. Esta interferência da Via Láctea tem de ser removida digitalmente dos dados finais de maneira a que a radiação de fundo possa ser observada por completo.

Quando este trabalho estiver completo, o Planck irá mostrar-nos a imagem mais precisa da radiação cósmica de fundo alguma vez conseguida. A grande questão será se os dados irão revelar a assinatura cósmica do período primordial chamado inflacção. Postulou-se que esta fase aconteceu imediatamente a seguir ao Big Bang e resultou numa expansão gigantesca do Universo ao longo de um curto período de tempo." Fonte: ESA

Inauguração da Biblioteca Adriano Moreira em Bragança (16 Junho 2009)

"O Presidente da República inaugurou em Bragança a Biblioteca Adriano Moreira, instalado num edifício que recolhe já dezassete mil livros doados por aquele mestre, bem como as suas condecorações e vários diplomas e vestes académicas.

A nova Biblioteca está instalada no antigo colégio dos Jesuítas, que foi totalmente recuperado, e situa-se numa área que confronta com uma praceta a que foi dado o nome do Prof. Doutor Adriano Moreira, Presidente do Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa.

O Prof. Doutor Adriano Moreira é natural de Grijó de Vale-Benfeito, concelho de Macedo de Cavaleiros. O seu espólio fica assim na terra transmontana que tanto ama e que se orgulha de ser o seu berço. O mestre, O mestre, ao agradecer a homenagem que lhe prestou o Presidente da República, sublinhou que aquele acto representa igualmente "a luta contra os políticos que são altamente responsáveis pela interioridade"."

 


Excerto do discurso do Professor Adriano Moreira:
" (...)
Naturalmente, eu fico feliz com o carinho com que receberam esta doação de uma Biblioteca, que eu fiz com modéstia suficiente e sabendo que outras pessoas deram já este exemplo, e eu quero recordar duas, uma do meu tempo de criança, outra felizmente ainda viva. O primeiro, o Abade de Baçal, que tanto contribuiu para a ciência Portuguesa, e sempre sem deixar Trás-os-Montes. E depois viva, a Graça Morais. A contribuição que ela fez e o Museu que aqui temos. E isso é um grande exemplo do carinho, da dedicação, da vontade de contribuir para o fortalecimento das instituições.
(...)
Depois, não quero demorar muito tempo, quero dizer algumas palavras sobre a nossa gente, e porque é que eu dou tanta importância a estas questões. Em primeiro lugar, nós somos de uma região que foi sempre pobre. A minha família era de gente pobre. Mas eu recordo a memória do meu avô paterno, que eu não conheci, o avô Acácio, que trabalhava num moinho, nasceu, viveu e morreu no século XIX, teve oito filhos, e nenhum era analfabeto. O meu outro avô, que também teve oito filhos, era já de um meio onde existiam professores primários, teve igualmente oito filhos. Enterrou cinco. Mas também, nenhum era analfabeto. E quando eu tomei esta decisão, foi sobretudo a pensar nessa gente, que é a que mais me lembra quando os anos passam. Eu tive a felicidade de lidar com gente ilustríssima em variadíssimos países, mas hoje quando penso nas origens lembro-me mais frequentemente, por exemplo da minha tia Ana, Está em S. Paulo, emigrante, fez 102 anos há uma semana. E ainda se lembra de Trás-os-Montes. E ainda tem o meu retrato pendurado no quarto dela.

Lembro-me também da Maria boleira, em relação à qual já tenho uma privação enorme, cada vez que eu chegava eu tinha uma bola de azeite à minha espera. Já não tenho quem me traga a bola de azeite.

Lembro-me do tio Manuel fiscal, que quando se despedia de nós, dizia sempre, “saúde ao dinheiro, que deus não pode dar tudo!” E nós íamos confortados com esse apoio. E isso, faz com que o meu espírito permanentemente tenha a imagem dos emigrantes, que sempre fomos, do meu pai emigrante para a grande cidade, para a comunidade transmontana, de Lisboa, que como sabem é uma cidade feita por subscrição nacional, não há outra razão para termos uma cidade de Lisboa como aquela, Polícia de Segurança Pública, a minha mãe a trabalhar duro, e imagino os dois, algum dia no descanso do trabalho dela, e ele também cansado, tendo decidido isto: o rapaz tem de tirar um curso superior! É notável! É notável! E reeditaram isso, a minha irmã, que está aí, ela também foi orientada para fazer, e cumpriu, o Curso de Medicina. E isto é uma demonstração da capacidade dos Transmontanos. O avô moleiro que não tinha filhos analfabetos… tantos exemplos temos nesta província. Os dois emigrantes cheios de dificuldades, dizem, há um salto a dar. O rapaz tem que fazer o curso superior, e quando ela nasceu, ela também. E realmente fez esse curso superior.

Eu encontrei comunidades de transmontanos em muitos lugares por onde andei. Mas sobretudo nos sítios onde havia comunidades de origem Portuguesa, a solidariedade deles era total. Não posso esquecer, um dia que cheguei ao colonato da Cela e aquilo que estava à minha espera eram alheiras e folar… E, dito isto, queria juntar-me àqueles que estão não apenas a teorizar o problema da interioridade, haverá aqui um debate em Bragança depois de amanhã, organizado pelo Senhor Presidente da Câmara, com a concorrência de Professores Universitários Transmontanos, que vêm cá discutir o problema, queria dizer que apoio inteiramente a solidariedade das sociedades civis transfronteiriças, como está a acontecer neste momento, nesta região, já com manifestações importantíssimas, de solidariedade dessas sociedades civis, o que implica uma enorme defesa das identidades, o que implica uma mensagem para os responsáveis, também volto ao tema do ensino, que parecem andar a tratar as humanidades com o descuido de quem repara que não tem o retorno financeiro, mas que se esquecem que não há tecido social identificador se as humanidades não forem cultivadas. Mais uma vez apelo a que se considere que é matéria de soberania, aquilo de que estamos a falar.

Para terminar, queria fazer uma lembrança, uma dedicatória a um livro meu, que talvez seja o último que vai sair. A nossa emigração ao longo dos tempos foi enorme.
Teve várias causas. Hoje foram migrações de estado, a conquista de território mobilizou as gentes para isso. A expansão, mobilizar a gente para isso. Os milhares de rapazes que saíam por ano, para isso, para essa tarefa. (...)"


 
Excerto do discurso do Sr. Presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes:

" (...)
Ao Senhor Prof. Adriano Moreira, fazemos a presente homenagem que perdurará por gerações, agradecimento extensivo à esposa e filhos, pela doação feita à região, e acolhida pelo município de Bragança num espaço de estudo e cultura. Ocupado em 1562 pelos Jesuítas como colégio, por onde passou Miguel de Cervantes e que o Duque de Bragança pretendeu transformar numa instituição de altos estudos de artes e teologia, que viesse a tornar-se numa “Universidade muito honrada”, espaço onde milhares de Brigantinos adquiriram as bases de uma sólida formação cívica que lhes permitiu, desde sempre, afirmarem a identidade e a determinação dos Transmontanos.

Reconhecemos o Prof. Adriano Moreira como um dos mais insignes representantes vivos da Identidade Transmontana, um exemplo de empenhamento cívico e patriótico, e que, na vida universitária, adquiriu o respeito e a admiração da comunidade científica nacional e internacional.

O Reitor da Universidade Católica, Prof. Manuel Braga da Cruz, refere-se a Adriano Moreira, nos seguintes termos: “o Prof. Adriano Moreira foi buscar a este povo transmontano que é o seu, as qualidades de tenacidade na decisão e capacidade de resistência na adversidade, a nobreza de espírito que fez dele uma referência respeitada por todos, admirada por muitos, geralmente identificada como um verdadeiro Senhor na vida pública portuguesa”.

Resistimos contra as agressões à interioridade, inspirando-nos nos exemplos de inteligência, verticalidade e frontalidade, dos muitos milhares de transmontanos que, ao longo de séculos, deram o seu melhor ao país. País que nas últimas décadas concentrou metade do poder de compra em cerca de 5% do território, fruto de uma cultura centralista demasiado forte, que contribuiu para as excessivas desigualdades entre cidadãos e regiões, retirou recursos ao interior, reduziu e desvalorizou a iniciativa regional e empobreceu o país.
(...)
Sentimos ser urgente dar um salto qualitativo na política regional, orientando-a para objectivos de coesão, investindo em recursos para a competitividade e inovação, numa abordagem das especificidades e competências das regiões, visando o bem-estar económico, social e ambiental. Para isso, é necessário dar voz ao interior e fazer mudanças no sistema político, nomeadamente ao nível regional e no sistema de representação parlamentar.
(...)
Mas, em que futuro poderão os cidadãos do Interior pensar, em particular os mais jovens, se não ocorrerem mudanças profundas nas políticas actuais que não dão voz e oportunidade ao interior, que acentuam o abandono do território, fragilizam a condição humana e económica, acentuam as desigualdades?
Como sempre, Senhor Presidente da República, queremos responder de forma positiva aos desafios, no âmbito de uma nova visão política, de reequilíbrio territorial da população e da economia, sustentada em razões de solidariedade nacional, dos valores ligados à identidade, à preservação do ambiente, de afirmação da competitividade e da coesão nacional.

Os Bragançanos não baixam os braços; na última década o PIB per capita subiu 20,6 pontos percentuais, a capacidade hoteleira triplicou, a economia evoluiu positivamente. Bragança tem sido referida em sentido positivo, em várias avaliações no âmbito da qualidade de vida e de gestão de algumas das suas principais instituições, e venceu este ano o prémio “Cidades de Excelência” na categoria de “Planeamento Estratégico”, promovido pelo jornal Planeamento e Cidades, com o “Plano Estratégico da Eco cidade.

Preservamos a História e a identidade de Bragança, valorizamos a História deste país, da qual Bragança escreveu importantes páginas, passando por períodos de glória, mas também de grande privação, sujeita a guerras frequentes e prolongadas.

Senhor Presidente, acreditamos no futuro do país e da região, termino agradecendo novamente a presença de Vossa Excelência, que muito nos honra, referindo-lhe que pode contar com o empenho, o querer e a valentia do povo Brigantino, que na sua bandeira ostenta a condecoração colectiva da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito."

domingo, 11 de julho de 2010

Direito de autodeterminação dos povos

    O direito à autodeterminação dos povos é o direito de um povo para decidir as suas próprias formas de governo, o seu desenvolvimento económico, social e cultural e a estruturar-se livremente, sem interferências externas e em conformidade com o princípio da igualdade.

Fonte wikipédia


Capítulo 1, Art. 1º diz que o objetivo da Carta das Nações Unidas é: "Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito do princípio da igualdade de direitos e auto-determinação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas para reforçar universal paz."


Artigo 1, tanto no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). Lido tanto: "Todos os povos têm o direito de autodeterminação . Em virtude desse direito, determinam livremente sua condição política e perseguem livremente seu desenvolvimento económico, social e cultural ".



Constituição portuguesa
Artigo 7.º

Relações internacionais

3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.

sábado, 3 de julho de 2010

Félix Samuel Rodríguez de la Fuente

    Félix Samuel Rodríguez de la Fuente (Poza de la Sal, Burgos 14 de marzo de 1928 – Shaktoolik, Alaska, 14 de marzo de 1980), conocido como Félix Rodríguez de la Fuente, fue un famoso divulgador ambientalista español, pionero en el país en la defensa de la naturaleza, y realizador de documentales para radio y televisión, destacando entre ellos la exitosa e influyente serie El Hombre y la Tierra (1974-1980).[1] Licenciado en medicina y autodidacta en biología, fue un personaje polifacético de gran carisma cuya influencia ha perdurado a pesar del paso de los años.[2] Su saber abarcó campos como la cetrería[3] y la etología, destacando en el estudio y convivencia con lobos.
    Rodríguez de la Fuente ejerció además como expedicionario, guía de safaris fotográficos en África, conferenciante y escritor, además de contribuir en gran medida a la concienciación ecológica de España en una época en la que el país todavía no contaba con un movimiento de defensa de la naturaleza. Su repercusión no fue sólo a nivel nacional sino también internacional y se calcula que sus series de televisión, emitidas en numerosos países y plenamente vigentes hoy en día, han sido vistas por varios cientos de millones de personas. Murió en Alaska, Estados Unidos, junto con otros cuatro colaboradores al accidentarse la aeronave que los transportaba mientras realizaban una filmación aérea para uno de sus documentales.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Natureza e Liberdade

Optimismo

"Um pessimista vê dificuldade em cada oportunidade, um optimista vê oportunidade em cada dificuldade" (Winston Churchill)