"Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é uma doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar"
Martha Medeiros
(escritora brasileira) (adaptado para o português de Portugal)
(há uma versão que circula na net onde é erradamente atribuída a Pablo Neruda)
domingo, 30 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Gritar
Nós mais conscienciosos para com uma visão integrada da estrutura e função dos sistemas complexos, desde a nossa casa, ao planeta, ao Universo e com respeito para com outros seres ou fenómenos, nós que não nos refugiamos no hábito e na preguiça devíamos cuidar de transmitir a nossa mensagem a todas as pessoas, devíamos de nos organizar para nos fazermos ouvir.
Victor Alves
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Verdade
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Oligarquia
Embora o país viva uma complicada situação economico-social não há nenhum partido que proponha a redução do vencimento dos deputados, membros do governo, administradores e gestores de empresas públicas, anda tudo caladinho em relação a isto. Já no que respeita às empresas privadas devia-se impor um limite de proporção entre o ordenado mais alto e o mais baixo numa empresa. Esse valor de proporcionalidade deveria aumentar com o tamanho e complexidade de uma empresa, que se traduz na hierarquia. Por exemplo, se se impusesse o limite de 10 vezes mais, aquele dirigente que quisesse ganhar 10 000€ mensais teria de pagar ao empregado com menor salário 1000€ mensais, se só quisesse pagar 500€, então só poderia ganhar 5000€.
Outro escândalo, os políticos acabam de aumentar o financiamento dos partidos em 55 vezes o valor limite actual, isto é uma vergonha, os portugueses têm de se insurgir contra esta roubalheira que está a dar cabo do país. Cada voto de um português conta com x€ para o financiamento do partido por isso é que apelam ao voto, mas quando é na assembleia da república abstêm-se por tudo e por nada. Vejam a notícia: http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/financiamento-partidos-podem-receber-mais-de-um-milhao-de-euros-em-dinheiro-vivo_1377601
Não vivemos numa democracia, o poder de dedisão dos cidadãos é muito limitado. Não existem mecanismos que nos permitam ter uma participação activa na decisão. Referendos que raramente são convocados...e mais nada.
As Iniciativas legislativas de cidadãos permitem-nos levar propostas de lei à assembleia da república, mas a decisão de aprovação passa sempre pelos deputados e é necessário que pelo menos 35 000 cidadãos a subscrevam.
As Iniciativas legislativas de cidadãos permitem-nos levar propostas de lei à assembleia da república, mas a decisão de aprovação passa sempre pelos deputados e é necessário que pelo menos 35 000 cidadãos a subscrevam.
Os referendos deviam ser usados como rotina e podiam ser colocadas perguntas sobre diversos assuntos em cada referendo. A internet podia ser usada para ajudar a servir esse objectivo.
sábado, 1 de maio de 2010
Máfia Climática (2)
Será que esta gente traja de casacos de peles para sobreviver ao seu arrefecimento global que se aproxima e usa amuletos de marfim para se proteger das visões malignas dos ambientalistas!?
(Desabafos no âmbito da Conferência sobre Alterações Climáticas na Gulbenkian.)
(Desabafos no âmbito da Conferência sobre Alterações Climáticas na Gulbenkian.)
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